A propósito desta amorosa celebração, hoje comecei por ouvir o francisquinho a chamar pelo pai, logo de manhã, assim que viu o feixe de luz do meu quarto. Depois apreciei o quão ansiosa estava a minacamina com a surpresa que lhe traria da escola, à tardinha. A caminho do trabalho, foi na rádio que sorri ao ouvir gravações de crianças a falar terna e fascinantemente dos seus pais e ao final do dia, emocionei-me ao ver os meus filhos e seu Pai abraçarem-se calorosamente e trocarem presentes e carícias!
Numa dimensão paralela a todos estes acontecimentos, senti hoje e sinto todos os dias a presença confortante e simultaneamente a dolorosa falta do meu querido pai... hoje não podia deixar de registar estes sentimentos!
Para este post, procurei algumas palavras sábias de autores consagrados da nossa literatura, que pudessem de alguma forma descrever honrosamente o que significa para mim o meu pai. Mas não encontrei nada que me satisfizesse, nada que lhe servisse.. é como se ele fosse grande de mais para caber em qualquer poema, nobre de mais para qualquer título ou valioso de mais para qualquer palavra. Não sei bem como explicar!!!
Sei apenas que ele vive no meu pensamento, consta do meu discurso, constitui um exemplo para mim todos os dias. A pessoa mais simples que eu já conheci, que não sendo perfeito conseguia ser simultaneamente meigo e firme, sábio e humilde, forte e sensível... só quem o conheceu o poderá confirmar.
Neste dia do Pai, recordo-o com muita saudade - aquela que nos faz um nó na garganta e um buraco no peito. Aquela que não passa!
Sem comentários:
Enviar um comentário