quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Saudades... muitas, muitas saudades!

"Alentejo das planícies sem fim
A terra quente, remexida gelou
Amargurada, triste num dia assim.

O sol rubro ficou em cinza
E o monte transformou-se num grito
Quando o impensável inesperado aconteceu.
Inteligente, diligente forte operário, camponês
Terno, princípios firmes, personalidade irrepreensível
Que afagava a terra carinhosamente
Como amava todos sem azedume

Partiu sem anunciar, como sempre
Para não incomodar, não pediu,
Como em toda a sua vida,
Ofereceu a sua amizade plena
Sincera, desprendida, dádiva total
Sem esforço, não esperando troca

Que a sua alma é enorme
Tão grande como o céu,
Que reclamou a sua presença.
E nos pediu que transformemos
as nossas lágrimas em sementes
Que germinem o seu exemplo
Crescendo nos nossos corações abertos."

Estas foram as palavras de despedida de um "Pequeno Grande Homem", como lhe chamou o amigo Hermano, respectivo autor. Para mim, o maior!
Esse homem era o meu pai, que se despediu de nós há precisamente 2 anos. Temos muitas, mas mesmo muitas saudades...


Imagem: Filipe

4 comentários:

  1. Que a saudade se apresente sempre em forma de optimas recordações, que com certeza preenchem o vazio que ficou no vosso coração.
    Mts beijinhos para vocês, neste dia, especialmente doloroso.
    Paula (prima do Zé Galvão)

    ResponderEliminar
  2. Li por telefone o poema à Tia Maria José, ela adorou, chorou,...-"às vezes quando estou sozinha penso muito no Chico, quando menos esperava ele aparecia"
    Um Abracinho meu e da Laura (também leu) e da Tia Maria José um Beijinho especial para Ti e para a Ritinha

    ResponderEliminar
  3. olá Catarina,
    Cá estou eu outra vez ... desta vez a mostrar á minha mãe o poema que fizeram para o teu pai.
    Está a mandar beijinhos muito grandes para voces.
    Bjcas grandes
    Paula

    ResponderEliminar